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E o leitor, como fica? Parte I

Quem de nós, leitores e colecionadores de HQ, ainda não ficou “na mão” com o cancelamento de um título?

E aí, o que fazer?
 

        Antes de mais nada, quero evidenciar que este artigo funcionará também como um desabafo por minha parte, portanto, está escrito na primeira pessoa. Quem de nós, leitores e colecionadores de HQ, ainda não ficou “na mão” com o cancelamento de um título? Vai dizer que isso nunca aconteceu contigo?! Impossível, né?! Todos nós já caímos nessa! Mas Ilustrartererw E o leitor, como fica? Parte Iquando acontece, o que fazer? Levanto esta questão porque penso em toda uma geração de leitores (a minha) que, simplesmente, por uma decisão repentina e sem maiores esclarecimentos, ficou órfão de seus gibis. Eles (os responsáveis pelas editoras) alegam que devido a uma baixa vendagem precisam tomar a árdua decisão de cancelar um determinado título. Será mesmo? Como pode uma revista que vendia pouco, chegar a ultrapassar a barreira dos cem exemplares? E mais, o que eles consideram pouca vendagem? Eu e todos os demais quadrimaníacos que conheço, não paramos de, todo mês, irmos até a banca mais próxima para comprar as aventuras de nossos personagens preferidos, e não estou falando aqui daqueles leitores que compram gibis “de vez em quando”, falo sim de colecionadores! Mas se o que alegam for verdade, significa que tem gente parando de ler quadrinhos. Será? Ou só estão trocando o quadrinho impresso por outro tipo de mídia? Como a internet, por exemplo. Mas, só aqui entre nós, não acredito muito nesta possibilidade. Isso ocorre sim com essa galera nova que tá conhecendo agora este fantástico universo das HQs. E por falar nisso são os mesmos carinhas fissurados por mangá (uma moda?). Não! A galera da minha geração não agiria assim! Somos do tempo da HQ no papel, e não no monitor! O fato de irmos a uma banca de jornal, não era, para nós, uma tarefa estressante e sim um ritual sagrado! Portanto, que não nos usem como desculpa para o cancelamento de algo que mais prezávamos! Mas então, o que fazer quando mais um título for cancelado (comigo já ocorreu diversas vezes)? Que resposta poderemos dar? Tem algum advogado por aí pra dizer se poderíamos alegar algo tipo “quebra de contrato”, sei lá, pra cairmos em cima das editoras? Provavelmente não podemos fazer isso, né? O que nos resta então? Eu tenho uma sugestão, mas como já me estendi demais, deixarei para a próxima semana, até lá!

Um abraço a todos que lerem este artigo!

    Lorde Lobo

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