José Carlos Neves, o guerreiro da cultura independente brasileira
É impossível falarmos sobre a cena alternativa brasileira – entenda-se fanzines, quadrinhos e ficção-científica – sem mencionar o nome do mineiro José Carlos Neves. Desde o início dos anos 1980, ele vem contribuindo com a nossa cultura de várias maneiras – e sempre de uma forma honesta e passional -, seja através do fanzine Hiperespaço (que apresentou muitas informações sobre o universo Star Wars e outros tantos filmes e assuntos relacionados com o gênero sci-fi), histórias em quadrinhos (já publicou, por exemplo, no importante Historieta) ou esculturas (na foto acima podemos ver uma katana e abaixo uma belíssima reprodução do gigante esmeralda)…
Atualmente ele mantém o excelente site Alan Moore Senhor do Caos, dedicado ao trabalho deste importante roteirista inglês. O interessante neste site é que José Carlos Neves tem aberto espaço para outros assuntos não apenas relacionados com o mundo de Alan Moore, com diversos artigos de colaboradores de peso, sem falar na quantidade de links fundamentais a todos aqueles que, como nós, procuram um entretenimento sofisticado. Mas, vamos ao que interessa: José Carlos Neves nos revela muito de sua vida, trabalho e objetivos, nesta entrevista exclusiva que você pode conferir abaixo…
Areia Hostil: Em 1984, foi lançado aqui em Rio Grande o fanzine Mutação, editado por Marco Muller, Rodnério Rodrigues e Law Tissot. O Mutação é considerado o primeiro fanzine da metade sul do RS, e nesta edição apresentou uma ilustração desenhada por você. Logo, podemos afirmar que fazes parte da cultura independente de nossa região. O que pensas disso?José Carlos Neves:Bem, preferia admitir que faço parte da cultura independente nacional, tendo em vista que há quase 3 décadas, tenho me dedicado aos quadrinhos, produção de fanzines, entre outras atividades e estudos. |
AH: Os lendários primeiros números do Hiperespaço eram repletos de informações sobre o universo de Star Wars. Nós ficávamos assombrados com a quantidade e qualidade de informações que você e o César Ricardo tinham acesso. Como isso era possível em pleno início dos anos 1980, tão longe da internet e dependendo exclusivamente dos correios?
JCN:Pois é, amigo, acho que nem nós mesmos sabemos responder…Posso dizer que sempre foi com muito sacrifício, movidos unicamente pelo amor a causa e o idealismo. Gosto de ressaltar sempre também que, naquelas “priscas” eras pré-histórias, tudo se dava pelo correio mesmo. Cheguei ate a batizar a minha saudosa “caixa Postal 477” da agência central da ECT de minha cidade natal, Montes Claros, no Norte de MG, de “Caixa de Pandora”. Cada envelope recebido, cada pacote (principalmente!) era uma verdadeira surpresa e grande contentamento. No entanto (era o que eu ia ressaltar) obtíamos então muito mais respaldo dos “gringos” do que dos “nativos”. Eu remetia cartas e mais cartas aos estúdios hollywoodianos, editoras, produtores, técnicos de efeitos especiais, até a nossa “toda-poderosa-venus-platinada” e somente obtinha resposta dos estrangeiros. Pra você ter uma idéia – como conto com mais detalhes na minha homepage, em www.josecn.hpg.ig.com.br/construindo_a_nave_executor.htm – quando estava construindo uma maquete de uma de minhas naves preferidas da saga Guerra nas Estrelas, ao precisar de dados mais precisos sobre o modelo original (dimensões, cor, quantidade exata de turbinas, etç) enviei uma carta direto a Lorne Peterson, o “chief-modelmaker” da ILM (“Industrial Light & Magic”, a empresa de efeitos especiais de George Lucas) solicitando informações. Qual não foi meu espanto e indescritível prazer quando me deparei um dia na minha 477 com um grande envelope-bolha timbrado da ILM, com uma carta singela (também em papel timbrado) escrita pelo próprio Lorne, com fotos originais (em polaroid – ou seja, o cara simplesmente as tirou para me enviar), uma “mini planta” da nave desenhada por ele de próprio punho e atéuma pequena mancha de tinta (a aerógrafo) da cor original da nave!…. Precisa contar mais?…
AH: Por falar em STAR WARS, quais são as tuas expectativas com o episódio III? Houve alguma decepção com os episódios I e II? Sem falar nos rumores de uma nova trilogia (episódios VII, VIII e IX)…JCN: Sim, decepcionei-me um pouco. Eu sempre tenho asseverado que a computação gráfica realmente vai revolucionar o cinema, notadamente o de efeitos especiais. É uma tecnologia irreversível – veja por exemplo a criação dos famosos “synthespians”, seres que só existem digitalmente, como em “Final Fantasy” e no recente “Hulk”, depois de ter sua gênese praticamente em “O Parque dos Dinossauros”. No entanto, a CGI peca pela hiper-perfeição, o querer ser mais real do que o real, o que gera um certo desconforto, um efeito meio plástico, enfim, perfeito demais… Você sabe que atémesmo a vida só existe na Terra por causa do Caos – a extrema dependência das condições iniciais em qualquer sistema dinâmico, o chamado “efeito-borboleta” (mais sobre isto nos artigos do site). E a Teoria do Caos mostra justamente que ele não é desordem, mas imprevisibilidade. Assim, pequenas imperfeições, pequeninos “desvios” no que se espera perfeito, e´que origina tudo, e´que serve de “tempero” ao próprio Universo. Nos primeiros “Guerra nas Estrelas, George Lucas surpreendeu justamente pela verossimilhança de seu universo. Pela primeira vez no cinema, tínhamos cenários, armamentos, seres e, principalmente, naves espaciais, bastante realistas, por apresentarem justamente aquelas pequenas imperfeições – marcas de sujeira e desgaste, envelhecimento, ferrugem, mofo… Conseguiram ali, “suspender a nossa descredibilidade”, requisito fundamental em qualquer obra de ficção, principalmente a “cientifica”, concordas? Mas agora temos naves que parecem feitas de inox polido, armaduras lustradas ao ponto de podermos fazer a barba sem nos cortarmos, usando-as como espelho…seres de andar desengonçado, justamente por serem “preciso demais”… Não sei, pode ser que “amadureci” também de lá para cá, e perdi a inocência, digamos assim…Mas não sem uma ponta de tristeza e melancólica nostalgia. |
AH: Ainda sobre os primeiros Hiperespaço, neles também haviam notícias sobre filmes pós-apocalípticos no estilo Mad Max (bastante em moda nos anos 1980)… Até mesmo nos teus desenhos era possível encontrar as referências típicas desses filmes. Você ainda sofre alguma influência deste imaginário cyberpunk?
JCN:Sim, principalmente, hoje, em meus desenhos de ficção, nos quais ainda mantenho um certo ar pós-apocaliptico. Gosto do apelo visual de tais cenários, mistura do high-tech com o decadente, com a sujeira, desordem, anarquismo…E armas futuristas (mas realistas, pois embasadas em armamento moderno), violência extrema, sexo, drogas, etç. Mas não tenho desenhado muito e acho também que este visual já está démodé atualmente.
AH: Aliás, parece que estão prometendo um Mad Max 4 para breve…JCN: Só se mostrarem o “vovô” Mel Gibson, apoiado numa bengala futurista, que lhe serviria de arma também,,,AH: Considerando todo o tempo que você está envolvido com a cena alternativa do Brasil – vivenciando vários altos e baixos, tanto nas produções de fanzines quanto nas próprias bancas de revistas -, o que te emociona neste século 21 em termos de produção nacional?JCN: Por incrível que pareça, muita coisa: o recente álbum “Biocyberdrama” por exemplo, do Edgar Franco (um poço de inteligência!) e o nosso “da vinci da Nona Arte”, Mozart Couto, lançado pela Opera Graphica. Temos ainda: Musashi, do velho samurai e mestre Shimamoto; Paralelas, do Watson; Filho do Urso, do falecido grande artista Flavio Colin; Na Trilha de Masamune, do veterano Luis Saidenberg; Apocriphya, do Wellington Srbeck; livros como As Taradinhas dos Quadrinhos, As Sedutoras… do Luchetti; e poderia me estender aqui por algumas linhas ainda. E se considerarmos “produção nacional” a obra do grande Mike Deodato, seus últimos Hulk dão de 100 a zero nas dos gringos. |
AH: O site Alan Moore Senhor do Caos é um maravilhoso labirinto de informação e cultura contemporânea. Fale-nos um pouco mais sobre o seu trabalho nele…JCN: Bem, o site Alan Moore Senhor do Caos nasceu de minha necessidade de saber mais sobre o genial roteirista e escritor inglês. Com certeza, o maior que o mundo já conheceu (em Quadrinhos). Devido a imensa dificuldade de encontrar material documental sobre ele e, principalmente, é claro!, sobre suas produções, seus métodos de escrever, suas obras seminais como Watchmen, Do Inferno e Big Numbers, em Português, como sempre faço na vida, botei a mão na massa e criei o site. Tem sido incrível a recepção do mesmo. E novamente cito a maior colaboração dos estrangeiros mas, no caso, até por obvias razões e, objetivando reverter esta tendência, deixei o site transformar-se num depositário bem vasto da cultura pop em geral, abarcando outras de suas formas de expressão artístico-cultural (cinema, literatura, tv, games, teatro, artes plásticas em geral – desenho animado, esculturas, design gráfico, ilustração, pintura, computação gráfica etç). Inclusive, beirando também a culturas mais erudito-acadêmicas, como Filosofia, Matemática (Teoria do caos, Geometria fractal…), Física Quântica (universos paralelos, teoria das super-cordas, Relatividade, espaço-tempo-continuum, etç), Critica Literária e Cinematográfica… Outro objetivo também é termos ali um verdadeiro repositório da memória do nosso Quadrinho. Assim é que tenho procurado também entrevistar nossos veteranos – como o Luis Saidenberg, os gaúchos Oscar “Historieta” Christiano Kern, “reverendo” Jorge Barwinkel e Edgar Vasques…- e incluir Artigos sobre outros, como Jayme Cortez, Messias de Melo, as gerações da “turma da Grafipar“, da Vecchi (Spektro), Edrel (os japoneses, Claudio Seto, Fernando Ikoma,etc). |
AH: O que há de melhor hoje no mundo do entretenimento (games, comics, cinema, música, etc) na sua opinião?
JCN: Adoro cinema, ainda mais contemporaneamente com a maravilha do DVD, que trás os “making of”, entrevistas com diretores,etç. Curto música (clássica e rock progressivo principalmente. Jean Michel Jarre, Kraftwerk, ELO, Tomita, Vangelis, os também pré-históricos Rick Wakeman e Supertramp...), mas continuo apaixonado pelos Quadrinhos. Até o Pentágono, em dispendiosa pesquisa, comprovou a eficiência desta forma de narrativa em transmitir informações e conhecimentos, justamente por valer-se de ambos os hemisférios cerebrais dos leitores. Um voltado mais para a imagem, o visual…O outro, para a abstração, a palavra escrita. Nada como os Quadrinhos para promover a fusão dos dois, quase que numa sinérgica “estereoscopia cerebral”. Que o diga os próprios “manuais de guerra”, do uso e manutenção de armamentos, do exército americano.
AH: A ficção-científica é um gênero que, obviamente, faz parte da tua vida. Como foi sua iniciação neste mundo, e o que você mantém colecionando e admirando?JCN: Comecei na FC porque sempre li de tudo, desde a mais remota infância. Meu pai sempre brincava comigo que eu lia “até bula de remédio” – na verdade uma herança genética. Lia os livrinhos de bolso da Editora Monterrey (era apaixonado pela espia da CIA Brigite Montfort, a morena de olhos azuis estonteantes, minha musa adolescente – até “de banheiro”. Mal sabia então, que era tudo escrito por um prolífico autor brasileiro, Elias do Soveral, que assinava como Lou Corrigan; mas pelo menos tinha conhecimento – e as admirava muito – que as maravilhosas capas e até mesmo a concepção daquela fêmea inigualável, era do também brasileiro Benicio. Aliás, estes são dois caras que preciso muito entrevistar!…); deles, por influência e sugestão do grande amigo, Eustaquio Davi Alves, de Montes Claros_MG, passei a ler os de FC e, como se diz, já me “iniciei por cima da carne seca”: com a coleção portuguesa Argonauta (Editora Livros do Brasil, de Lisboa), que trazia traduções das maravilhosas sagas cósmicas das “golden” e “silver ages” – A.E. Van Vogt, Isaac Asimov, Ursula K. LeGuin, John Brunner, Paul Anderson, Stefan Wull, Cyril Kornbluth, Arthur Clarke, entre muitos outros, alem do que eu era fã absoluto: Clifford D. (de Donald) Sidmak. Daí, para tentar adaptar aquelas leituras ao meu desenho e aos meus Quadrinhos, foi um pulo. Publiquei minha primeira HQ de FC, intitulada “Bem Vindo à Terra!”, no renomado fanzine gaúcho Historieta; a partir dela, o César Ricardo (Cerito), me contatou; nascia uma profícua amizade e o nosso próprio zine, o Hiperespaço, hoje com mais de 20 anos… Deixando de lado a nostalgia, hoje continuo lendo principalmente os – igualmente já ultrapassados- “cyberpunks”, Bruce Sterling, Dr. Rudy Rucker (também entrevistados por mim em meu mencionado site), Mark Laidlaw, Greg Egan, David Zindell, Neal Stephenson, Ian Banks, passando ainda para o terror-porno de Poppy Z.brite, Chrysta Fist, Katherine Koja, alguma coisa dos brasileiros Jorge Calife, Max Mallmann, Carlos Orsi Martinho, Bráulio Tavares e o veterano André Carneiro (a maioria, também em meu site!)… Mas sou bastante eclético, e continuo “lendo até bula de remédio” – Iain Banks, Iain Sinlair, Thomas Pynchon, Trevanian, John Le Carre…-. Só queria realmente era ter mais tempo para ler tudo o que pretendo e também continuar a escrever, desenhar, esculpir, fazer quadrinhos, webdesign, etç… |
AH: Você vive exclusivamente para a sua arte? Pergunto isso considerando a quantidade de coisas que você sempre está envolvido e fomentando!
JCN:Quem me dera…De uns tempos para cá, inclusive, fiquei bem mais “produtivo” justamente por estar desempregado, “vivendo as custas do emprego de minha mulher” quase poderia admitir, sem nenhum chauvinismo, não fossem alguns “bicos” e “frilas” que tenho feito. Mas éaquele negócio: quando a paixão vira comércio, perde um pouco talvez de sua espontaneidade. Eu sempre fui muito zen mesmo – outros atépoderiam classificar de “vagabundo”, ao que responderia que sou o pai de dois universitários, com muito orgulho (inclusive minha filha tem também seu próprio site www.olharliterario.hpg.ig.com.br )…
AH: Você conheceu David LLoyd (V de Vingança) pessoalmente, como foi isso? E Alan Moore, quando chegará o dia do encontro?
JCN: Sim, já havia entrevistado o Lloyd logo no inicio do meu site, por e-mail. E o artista havia se revelado então verdadeiro “sangue-bom”; o que só veio a se confirmar quando finalmente nos encontramos no último “Festival Internacional de Quadrinhos-FIQ”, realizado aqui em Belo Horizonte, em setembro de 2003. Ele veio como um dos convidados estrangeiros. Ficamos mais amigos ainda, depois de umas 10 caipirinhas mais ou menos… Agora, Alan Moore, acho que seria só em sonho, pois o cara está cada vez mais recluso, não sai mais de sua cidadezinha Northamptom, nos cafundós da Inglaterra, nem pra ir a Londres. E acho que ele tem este direito, pois é avesso a publicidade, a fan-boys de toda espécie e, sobretudo, precisa ser deixado em paz, para acionar o seu krakatoa criativo. E, na verdade, eu não cultuo a pessoa, mas a obra. Só gostaria de me encontrar com ele se fosse para, liberados por um porre homérico, falarmos sobre Fractais, o Caos, a Magia, sua inacabada magnum-opus Big Numbers e, principalmente, saber como ele concebe o tempo, as dimensões, a origem e destino do Universo…Ou seja, seria como sentar numa mesa com Deus.
AH: Muitos filósofos contemporâneos discutem o que Matrix teoriza: que nós vivemos numa falsa realidade. Isso nunca foi surpreendente para nós que amamos a ficção-científica…
JCN: Bem, eu já li Baudrillard, em seu “Simulacro e Simulações”, alem de muita coisa de Pal Virilo, o próprio Gibson e outros pais da cybercultura e da realidade virtual. Mas ainda fico com Alan Moore e com a sua teoria do “ideaspace”, aquele mundo em que , indubitavelmente, existem deuses, demônios, magia: a nossa mente. Neste mundo é que tudo realmente acontece. Neste mundo, não temos imitações espaço-temporais, éticas, morais…Mas isto e´papo para uma entrevista desta inteira.
AH: Área 51, Governo Oculto, Homens de Preto, Pirâmides Marcianas, Triângulo das Bermudas… Nós já vivemos num mundo fantástico, não é mesmo?
JCN: Sim,sim, Alan Moore fala que o mundo a nossa volta, o contexto em que estamos inseridos, é muito mais fantástico que qualquer ficção que pudermos inventar (veja meu artigo “Caos e Holismo em Big Numbers” no site acima, seção própria). Quando você vê num jornal sensacionalista a foto de um cãozinho deitado ao lado do seu dono coberto por um jornal, em cima de uma poça de sangue, que acabara de ser atropelado e morto no asfalto…; quando você lê Quadrinhos como “Área de Segurança Gorazde”, do Prêmio Pullitzer Joe Sacco, sobre a Guerra da Bósnia, ou “Palestina”, também dele; “Maus”, de Harvey Kurtzman, sobre o holocausto; “My Cancer Year”, de Harvey Pekar, sobre a doença terminal de sua querida esposa, você sabe prontamente do que estou falando. Que as pessoas a nossa volta, nós próprios, somos os maiores heróis e vilões que possam existir, que nossos atos, omissões e até intenções e pensamentos, podem “causar a diferença” neste mundo maluco, caotico-fractalizado às ultimas conseqüências, tanto em direção ao micro quanto ao macro. Veja você que até os super-heróis hoje, estão mais “humanizados” e, conseqüentemente, causam muito mais impacto. Vide o sucesso de “Smallville”. Aqui não temos um “superboy” de uniforme coladinho, de cores berrantes, a ridícula cueca por cima das calças… Mas um adolescente “normal”, enfrentando seu rito de passagem à idade adulta que, por acaso, tem “poderes mirabolantes”… E ainda filmes como “Umbreakable”, do Shayamalan (esqueci o titulo em Português), a série Marvel/Miracleman, de Alan Moore, precursora disto tudo; e sua seminal Watchmen; e por aí vai…
AH: Como é a vida em Minas Gerais? Você já visitou o Rio Grande do Sul? Esperamos você para um delicioso churrasco e muito chimarrão. Até breve… E que a força continue sempre com você!
JCN: Ser mineiro é um “estado de espírito”, alguém já escreveu. É muitas vezes ser zen, sem nem saber do que se trata…Vivi em Aracaju por um ano (e em Hong Kong pelo mesmo período), mas realmente, gosto muito de Minas, embora me sinta mesmo (mais em espírito do que na pratica, infelizmente) e sem nenhuma modéstia, “cidadão do mundo”. Estou aguardado o convite (all expenses paid…infelizmente) para ir provar do famoso churrasco dos pampas, tchê. Seria tri-legal! Ainda mais com tantos amigos aí. Barbaridade!
Compartilhe: